
O senador Cristóvão Buarque escreveu artigo publicado na imprensa sobre o papel das escolas públicas no enfrentamento da questão da violência. Bacana, mas ele não mencionou a atuação dos meios de comunicação, especialmente a televisão. Agora que o pessoal está com algum dinheiro no bolso, certamente vão aumentar os acessos à TV, aberta ou "fechada". Em ambas pode-se notar uma escalada de violência e sangue, especialmente nos seriados americanos (que acompanho há muitos anos), cada vez mais apelativos ao nosso sadismo embutido - ou masoquismo - armas de montão, tiros pra cacete, cenas de extrema brutalidade, assassinos seriais, heróis e vilões vestidos preferencialmente de preto, coisa e tal. É claro que não cabe censura, mas cabe perguntar qual será a relação dessas emissoras e desses programas com os interesses e necessidades da sociedade (o ovo ou a galinha?). E o que diz a "sociedade"? Parece que, por enquanto, nada.
Pitaco 2 : Faço minha a pergunta da jornalista Dorrit Harrazim: Onde estavam muitos dos que choram o massacre da escola quando votaram contra o controle da produção e distribuição de armas no Brasil, no plebiscito de anos atrás?