quinta-feira, 25 de novembro de 2010

entrevista de Lula a blogueiros

Novidade na comunicação brasileira. Lula falou a blogueiros. Veja no link abaixo.

Até a volta.

sábado, 13 de novembro de 2010

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Mitos e desafios sobre os impostos que pagamos.

Sobre tudo o que foi ( e o que não foi) divulgado durante a campanha eleitoral a respeito de uma supostamente "excessiva" carga tributária brasileira, vale a pena ler o artigo da especialista em tributação Fátima Gondim, publicada no Le Monde Diplomatique (R$ 9,90) de outubro, edição brasileira. Fátima, que por sinal é auditora fiscal da Receita Federal, derruba alguns mitos difundidos na campanha e revela o que não foi dito. Bastam alguns trechos da extensa análise da tributarista para dar uma idéia: "O financiamento do Programa Bolsa Família exige arrecadar o equivalente a um dia e meio de trabalho do contribuinte. Já para financiar a ciranda financeira (leia-se nos bancos e instituições afins), União, estados e municípios destinam, em conjunto, 5,6% do PIB (valores de 2008), ou seja, 20 dias e meio de trabalho do cidadão brasileiro, um sexto de toda a carga tributária arrecadada em 2008". Adiante: "Comparado ao que se destina à saúde e educação, a "derrama" dos cofres públicos - para patrocinar escandalosos ganhos aos rentistas - fica ainda mais aberrante. Para o SUS (Sistema Único de Saúde), em 2006, foram destinados 3,6% do PIB, ou 13 dias de trabalho do contribuinte. Para a educação, 4,3%  do PIB, ou 15,7 dias". 
Prossegue o texto: "...o que não é dito ao contribuinte brasileiro? Que ele trabalha quase três semanas para pagar as despesas com elevadas taxas de juros para a classe de alta renda!".
E conclui: ..."o sistema tributário nacional deve ser instrumento imprescindível de combate à pobreza e redução das desigualdades sociais".   

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Dois pitacos pós-eleição.

  • manchete de um jornalão no dia 1 de novembro de 2010: "Lula elege Dilma e aliados já articulam sua volta em 2014". Pois é, vivendo e aprendendo - não foi a maioria dos eleitores (55 milhões) que escolheram Dilma, foi o Lula. Coisa de gente que desqualifica sistematicamente as escolhas e juízos da população, quando não atendem aos seus interesses. Se o Serra fosse eleito, quem seria seu padrinho? FHC? Aécio (só rindo)? De resto, "a articulação da volta" não passa de uma leviandade e precipitação que mereceria no máximo uma nota de pé de página par em qualquer jornal sério. Já que o blog é meu, faço a minha manchete ( que é quase a submanchete do jornal): "Com 55 milhões de votos e apoio de Lula, Dilma é a primeira mulher eleita presidente do Brasil". Mais decente e respeitosa, acho.  
  • A posição pró-Serra disfarçada pela maioria dos jornalões e a baixaria generalizada na divulgação da  campanha eleitoral deu margem ao seu também inaceitável oposto: a emergência de propostas de criação de "conselhos" estaduais de comunicação ligados aos respectivos governos para fiscalizar a imprensa. Outra vez, a sociedade que votou em Dilma, em Serra e em Marina é posta de lado na questão. Fico com a minha proposta, várias vezes apresentada neste blog, à Associação Brasileira de Imprensa e ao Sindicato dos Jornalistas: a representação para discutir e avaliar atos da imprensa deveria ser  ampla, aberta à sociedade e sem poder de fiscalização, apenas de mediação e interlocução entre a parte prejudicada e o veículo de comunicação, inclusive na internet. Teria que agir a partir de queixas de qualquer cidadão, como organismo de acordos de reparação.