quinta-feira, 25 de novembro de 2010

entrevista de Lula a blogueiros

Novidade na comunicação brasileira. Lula falou a blogueiros. Veja no link abaixo.

Até a volta.

sábado, 13 de novembro de 2010

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Mitos e desafios sobre os impostos que pagamos.

Sobre tudo o que foi ( e o que não foi) divulgado durante a campanha eleitoral a respeito de uma supostamente "excessiva" carga tributária brasileira, vale a pena ler o artigo da especialista em tributação Fátima Gondim, publicada no Le Monde Diplomatique (R$ 9,90) de outubro, edição brasileira. Fátima, que por sinal é auditora fiscal da Receita Federal, derruba alguns mitos difundidos na campanha e revela o que não foi dito. Bastam alguns trechos da extensa análise da tributarista para dar uma idéia: "O financiamento do Programa Bolsa Família exige arrecadar o equivalente a um dia e meio de trabalho do contribuinte. Já para financiar a ciranda financeira (leia-se nos bancos e instituições afins), União, estados e municípios destinam, em conjunto, 5,6% do PIB (valores de 2008), ou seja, 20 dias e meio de trabalho do cidadão brasileiro, um sexto de toda a carga tributária arrecadada em 2008". Adiante: "Comparado ao que se destina à saúde e educação, a "derrama" dos cofres públicos - para patrocinar escandalosos ganhos aos rentistas - fica ainda mais aberrante. Para o SUS (Sistema Único de Saúde), em 2006, foram destinados 3,6% do PIB, ou 13 dias de trabalho do contribuinte. Para a educação, 4,3%  do PIB, ou 15,7 dias". 
Prossegue o texto: "...o que não é dito ao contribuinte brasileiro? Que ele trabalha quase três semanas para pagar as despesas com elevadas taxas de juros para a classe de alta renda!".
E conclui: ..."o sistema tributário nacional deve ser instrumento imprescindível de combate à pobreza e redução das desigualdades sociais".   

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Dois pitacos pós-eleição.

  • manchete de um jornalão no dia 1 de novembro de 2010: "Lula elege Dilma e aliados já articulam sua volta em 2014". Pois é, vivendo e aprendendo - não foi a maioria dos eleitores (55 milhões) que escolheram Dilma, foi o Lula. Coisa de gente que desqualifica sistematicamente as escolhas e juízos da população, quando não atendem aos seus interesses. Se o Serra fosse eleito, quem seria seu padrinho? FHC? Aécio (só rindo)? De resto, "a articulação da volta" não passa de uma leviandade e precipitação que mereceria no máximo uma nota de pé de página par em qualquer jornal sério. Já que o blog é meu, faço a minha manchete ( que é quase a submanchete do jornal): "Com 55 milhões de votos e apoio de Lula, Dilma é a primeira mulher eleita presidente do Brasil". Mais decente e respeitosa, acho.  
  • A posição pró-Serra disfarçada pela maioria dos jornalões e a baixaria generalizada na divulgação da  campanha eleitoral deu margem ao seu também inaceitável oposto: a emergência de propostas de criação de "conselhos" estaduais de comunicação ligados aos respectivos governos para fiscalizar a imprensa. Outra vez, a sociedade que votou em Dilma, em Serra e em Marina é posta de lado na questão. Fico com a minha proposta, várias vezes apresentada neste blog, à Associação Brasileira de Imprensa e ao Sindicato dos Jornalistas: a representação para discutir e avaliar atos da imprensa deveria ser  ampla, aberta à sociedade e sem poder de fiscalização, apenas de mediação e interlocução entre a parte prejudicada e o veículo de comunicação, inclusive na internet. Teria que agir a partir de queixas de qualquer cidadão, como organismo de acordos de reparação.     

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

No fundo do poço da salvação dos mineiros chilenos

De fato, a salvação dos mineiros chilenos é uma demonstração emocionante do que são capazes os seres humanos quando se juntam para fazer algo que preste. Combinando alta tecnologia (até da Nasa), solidariedade, perseverança e apoio de mídia, os trabalhadores soterrados estão sendo salvos da morte, um a um. Pena que todas essas qualidades virtuosas não tenham sido mobilizadas antes pelos proprietários da mina de cobre San José, controlada pela Compañía Minera San Esteban Primera Sociedad Anónima. Entre 2004 e 2010, a companhia recebeu 42 multas por quebra dos regulamentos de segurança.  Em 2007, a mina foi fechada em razão de um processo movido pela família de um mineiro morto em serviço. Mas foi reaberta em 2008, apesar de ter continuado a infringir as normas, segundo o senador chileno Baldo Prokurica, integrante de uma comissão parlamentar sobre o assunto. E, segundo a AFP, em 6 de setembro, depois da última tragédia, um tribunal chileno decretou intervenção na empresa que (surpresa!) pediu falência.  "A companhia que represento está num estado tal que não pode enfrentar seus compromissos mais imediatos, tendo já cessado o pagamento de uma obrigação mercantil", diz o documento de falência, assinado pelo representante Alejandro Bohn.

Certamente é preciso estar, como diz o samba, em estado de grande necessidade para aguentar o trabalho insano a 700 metros de profundidade a serviço de uma empresa que não demonstra o menor respeito às suas obrigações sociais e trabalhistas. E recorre ao Estado para ganhar cobertura e livrar a cara dos seus proprietários.

Pior, todas essas informações, que mal aparecem na imprensa "livre", podem ser encontradas de graça na Internet.   


 

terça-feira, 28 de setembro de 2010

O princípio do samba


 "No princípio era a roda - um passeio pela história do samba" é o show que rola no Centro Cultural Banco do Brasil, no Rio, com Nei Lopes e o grupo GaloCantô. Cada apresentação, além do mestre Nei e do excelente Galo, traz diversas presenças de sambistas militantes. Começou em julho, termina em dezembro. Não costumo fazer propaganda (modesta, no meu caso) de espetáculos, mas esta é pessoal, pois trata-se de um trabalho baseado em livro do saudoso Roberto Moura, com quem tive o prazer de trabalhar na TVE (hoje TV Brasil) e em produção de carnaval para outra emissora de TV.
A entrada é R$ 6, inteira e R$ 3, meia. Mais informação na página do CCBB -  bb.com.br/cultura.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Mais uma proposta corporativa para "regular" a imprensa

De repente, não mais que de repente, os donos de jornais decidiram debater um "código de ética" para a imprensa, em encontro promovido pela Associação Nacional de Jornais (ANJ), entidade que reune os empresários do setor. "Cautela" parece ter sido a palavra-chave do debate, expressando todo o receio, para não dizer verdadeiro pavor, que a "grande" imprensa tem de uma participação ativa da sociedade no acompanhamento e questionamento das suas atividades. Falou-se de "autorregulamentação", mas do quê e de quem? A resposta é clara: os próprios empresários pretendem estabelecer sua regulamentação, à margem dos interesses da sociedade, da categoria dos jornalistas (que já dispõe de um código de ética discutido em encontro nacionais) e da população em geral.  Um desses empresários, segundo a cobertura do debate publicada na página da ANJ, evidenciou o objetivo final da proposta: "Vamos fazer logo antes que outros o façam".  É mais uma proposta corporativa para não dar em nada, para fechar a discussão.  Quem quiser pode ver o que publiquei aqui no blog sobre o assunto, em janeiro, maio e junho deste ano, demonstrando a necessidade de um organismo de mediação entre a sociedade e a imprensa, com maioria de representantes de diversas áreas, inclusive jornalistas,  e minoria do governo e dos próprios empresários. Não se trata de um clube de discussões filosóficas ou de qualquer tentativa de criar mais uma mordaça (que já existem de sobra). Trata-se de permitir que qualquer cidadão ou grupo supostamente prejudicado por notícias mal elaboradas ou infundadas possa reivindicar seu direito à reparação (em termos jornalísticos, não em dinheiro - esta fica para a Justiça), mediante acordo entre as partes.
Pena que a Associação Brasileira de Imprensa, a venerável ABI, fuja do assunto.

     

quarta-feira, 14 de julho de 2010

JB

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Acabou-se o JB. Nelson Tanure fica impune. Capitalismo bão.

Paulo Moura

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Paulo Moura, que eu vi tocar pela primeira vez ao vivo num baile do Circo Voador. Brasileiro da melhor qualidade.

Um abraço saudoso, Paulo.

domingo, 11 de julho de 2010

O homem que não ama as mulheres

A história de sangue e terror que envolve o caso Bruno e as matérias sobre a violência contra as mulheres no Brasil podem ser associadas a um romance chamado "Os homens que não amavam as mulheres", primeiro volume de uma trilogia escrita pelo sueco Stieg Larsson. Logo de saída duas informações que derrubam o mito do paraíso sueco: perto de 20% das mulheres suecas já foram ameaçadas de alguma forma por homens; e 46% sofreram violência masculina. Lá como cá, ainda é longo o caminho para acabar com essa prática covarde (não por uma suposta fragilidade feminina, mas pela demonstração de incapacidade de tratar com a diferença).

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Dois pitacos sobre a imprensa, Dunga, coisa e tal

Pitaco 1: Mais uma prova de que sentença judicial (ou censura judicial) não ajuda a melhorar a imprensa: ficou ridícula a publicação no Globo da sentença contra o jornalista Luiz Garcia, condenando-o a pagamento de indenização por ter criticado um certo juiz (questionar juízes é perigoso no Brasil do século 21) e à publicação da decisão pelo jornal. A sentença começa na página de opinião e segue por quase toda uma página adiante. Quem lê aquilo? Certamente só os interessados e juristas, advogados, coisa e tal. Uma maçaroca que só serve para chatear os leitores, ainda mais porque tudo indica tratar-se de matéria de anos atrás. Supondo-se que o juiz esteja certo, caberia uma reparação em linguagem jornalística, explicando os antecedentes e a conclusão do caso. É por isso que mantenho a proposta de criação de um organismo civil para mediar casos semelhantes (em se tratando de juízes, mais ainda, para contornar o corporativismo), da forma como expus em posts anteriores neste blog (4/1 e 31/5/2010). Mas a "grande" imprensa parece não gostar da idéia. Aliás, não gosta de idéia nenhuma que a tire do Olimpo em que lhe agrada viver.

Pitaco 2 - Cacá parece ter virado o avatar do Dunga em matéria de entrevistas à imprensa. Provocação de jornalista se responde com informação e serenidade. Senão, o que vira notícia é o destempero, a forma raivosa como essas figuras reagem à pressão da mídia. Questionar é obrigação profissional dos repórteres. Não é "assunto pessoal". Nem religioso.  

domingo, 13 de junho de 2010

Las abuelas de Maradona

A foto, segundo o crédito que a acompanha, é de 24 de maio no campo do River Plate: A seleção argentina de Maradona com faixa de apoio às legendárias avós da Plaza de Mayo. Esse pessoal tem mesmo boa cabeça. E fizeram o melhor jogo do início da Copa.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Juntos e misturados na festa de abertura da Copa

Uma festança, a abertura da Copa na África do Sul. Ainda mais porque abriram o espaço para o povo de todas as bandeiras, ao invés de confinar a platéia longe do campo. O Galvão Bueno talvez não tenha gostado, pois o arcebispo Desmond Tutu, o Hugh Masekela, a Shakira e a Angelique Kindjo brilharam mais do que ele. A transmissão da BandSports mais limpa que a da Globo, menos blá blá blá, mostrando mais que falando e falando no momento apropriado. Pena que deu problema na transmissão da Band e entraram uns comerciais, enquanto rolava o espetáculo.
Um festão, inclusive a bagunça do final. Mas faltou música brasileira.  

sexta-feira, 4 de junho de 2010

"O Brasil não é o país do futebol", diz Kfouri

Pois então. Juca Kfouri revela uma pesquisa segundo a qual o time dos brasileiros sem time é maior do que a torcida do Flamengo.  Está na excelente entrevista que ele deu à edição brasileira do Le Monde Diplomatique (R$ 9,90). É a abertura da série de matérias de capa em que ele e outros jornalistas analisam o império da Fifa e a rede de interesses que envolve a Copa na África do Sul, sob o título geral de "O negócio da Copa". Tope de linha.

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Afinal, uma proposta "poderosa" sobre a imprensa

Finalmente apareceu, no início de maio, uma proposta de autorregulamentação da imprensa que coincide, nas suas linhas principais, com a idéia que lancei já faz tempo, escapando do dilema controle oficial X total falta de limites (tanto um como o outro só servem aos interesses dos antidemocratas, para quem o Estado e a imprensa estão acima da sociedade). O líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP) defendeu a criação de um conselho de autorregulamentação da mídia. Segundo ele, "seria um órgão democrático, aberto, como é o Conar (Conselho de Autorregulamentação Publicitária), com a participação de todos os segmentos"(Vejam o meu post de 4/1/010 sobre o assunto).
Pode funcionar? Pode. De fato, estamos atrasados uns 60 anos nesta questão, em relação a países como a Inglaterra, onde organismo semelhante existe desde 1953 e foi sendo desenvolvido e melhorado desde então. É a Press Complaints Comission (Comissão de Reclamações sobre a Imprensa), entidade civil com um quadro fixo de 17 conselheiros, a maioria sem ligação direta, ou sem nenhuma ligação com a indústria britânica da comunicação. Outra parcela é constituída de editores e diretores de jornais e as reclamações do público são avaliadas com base num código elaborado pelos editores e firmado por toda a imprensa do país. Só em 2009, a Comissão analisou 39 mil reclamações recebidas por fax, telefone ou correio eletrônico. A página da Comissão (http://www.pcc.org.uk/) é de máxima transparência, com explicações detalhadas sobre o seu funcionamento.
Só pode dar certo, se quisermos superar os atrasos e preconceitos nessa questão.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

É o carcará chegando neste espaço aéreo.

Descobri que o voador fotografado e apresentado por mim na última postagem é nada menos do que o famoso carcará, que "pega, mata e come", na música de João do Vale e José Cândido.  Consegui identificar o bicho por meio do importante Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos, mandei a foto e eles responderam. Segundo o Wiki Aves, o carcará é também conhecido como cara-cará, carancho, caracaraí (Ilha do Marajó) e gavião-de-queimada.  O carcará não é uma águia e sim um parente distante dos falcões. Ocorre em campos abertos, cerrados, borda de matas e centros urbanos. No Brasil, aparece principalmente no Nordeste e Sudeste.
Ei-lo em nova pose, em foto especial para o blog do gajó Ulup.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Novidade no espaço aéreo de gajó

Este voador apareceu no espaço aéreo do gavião carijó. Aproveitei para fotografar e reabro o blog do gajó com esta imagem rara, pelo menos para mim, porque acho que dificilmente ele vai aparecer de novo. É mais um que chega perto da cidade provavelmente por falta de ambiente favorável em outros lugares.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Gajó Ulup comemora 10 acompanhantes e faz parada para reciclagem

É preciso comemorar. Este blog do gaviãozinho chegou à incrível marca de 10 "seguidores" públicos (melhor seria acompanhantes ou participantes). Tem mais dois que acompanham mas não se revelam. Valeu, pessoal. Uns comentários contra, a favor ou muito antes, de vez em quando ajudam. Podem espinafrar à vontade, só não me xinguem, como diz a Marinilda Cansadão.

Comemorações à parte, vou fazer uma parada obrigatória nos próximos dias, para umas pequenas férias.

Até a volta.

Só pra lembrar

Em fevereiro de 1932 o jornal "Diário Carioca" foi empastelado pelos adeptos do então presidente e líder civil da Revolução de 30, Getúlio Vargas. Bem mais tarde, o jornal se tornaria modelo de técnica de redação para diversas gerações de jornalistas. Tem mais em www.pitoresco.com/historia.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

John Wayne não é mais aquele

Imaginem o John Wayne, velho caubói americano, encarregado de comunicar a morte ou desaparecimento de soldados dos Estados Unidos no Iraque às famílias das vítimas. Impensável, tanto em termos de cinema, dos filmes da época do machão e patrioteiro Wayne, como na vida real. Pois é disso que trata o filme "O mensageiro", uma abordagem diferente e bem bolada das consequencias, para o povo americano, do furor bélico dos EUA. Não tem concessão a patriotadas, é implacável e ao mesmo tempo delicado ao apresentar as diversas situações por que passa a excelente dupla de atores Ben Foster e Woody Harrelson, no papel de oficiais do exército com a missão de avisar os parentes dos mortos e sumidos em combate.   

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

A mistura público-privado em questão na saúde

Papo vai, papo vem, volta às páginas a discussão sobre privatização da saúde, parcerias, coisa e tal. Há dias, saiu artigo assinado pelo professor Carlos Stempniewski, citando uma pesquisa para demonstrar que os gastos dos estados e municípios em saúde superam os do governo federal, e onde isso não ocorreu (Norte e Nordeste), a falta de assistência seria mais grave. É possível. Mas a pesquisa citada vai além: as autoras Isabela Soares Santos, Maria Alicia Dominguez Ugá e Silvia Marta Porto analisam o sistema brasileiro público-privado de saúde e mostram como essa mistura pode levar à progressiva redução da oferta pública de atendimento à população.

Exemplos: Desde 1998 existe uma lei que instituiu o ressarcimento ao SUS dos serviços prestados a pessoas com cobertura de planos privados, por uma tabela específica de preços, chamada TUNEP (Tabela Única Nacional de Equivalência de Procedimentos). Dizem as autoras: “Entretanto, segundo dados da ANS, desde o final de 1999 até meados de 2006, das 371.761 internações identificadas como aptas para cobrança, apenas 60.586 foram efetivamente pagas pelas seguradoras, ou seja, desde quando foi instituído o ressarcimento até quando foram processadas as informações." O pagamento dessas internações pelos valores da TUNEP no período citado corresponderam a R$ 76,9 milhões, apenas um troco quando comparado com os valores da renúncia fiscal (que somam, na previsão efetuada apenas para o ano de 2007, R$ 5,7 bilhões, segundo as autoras).
Esta renúncia fiscal (desconto ou isenção de impostos) concedida pelo Estado às chamadas entidades filantrópicas e que tais, representa um forte subsídio estatal ao setor privado da saúde.
O trabalho completo pode ser encontrado na página da revista Ciência & Saúde Coletiva, vol.13, nº.5, Rio de Janeiro, Set./Out. 2008.

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Arruda

A folha de arruda não é mais aquela.

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Caminho do dia perfeito

Sardinhas abertas fritas, ponha azeite e limão, faça uma caipirinha ou beba uma cerveja e aprecie o dia.

Bem acompanhado (a), é claro.

É carnaval.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Haiti: mudam prioridades no atendimento às vítimas

Depois dos atendimentos de urgência e cirurgias que salvaram a vida de muitas vítimas do terremoto no Haiti, grande número de sobreviventes precisam agora de atenção pós-operatória urgente. Em entrevista à imprensa, a diretora da Organização Pan-americana de Saúde (OPAS), Mirta Roses, disse que há poucos recursos para ajudar os pacientes que necessitam deste tipo de atenção. Entre os mais necessitados estão millhares de haitianos que sofreram amputações em consequência das lesões provocadas pelo terremoto. Segundo ela, os hospitais realizam de 30 a 100 amputações por dia. Estas pessoas vão precisar de reabilitação física e serviços de saúde mental, o que significa mais pessoal nessas áreas, incluindo profissionais de saúde mental e fisioterapeutas, além dos equipamentos indispensáveis. (Foto página da OPAS)

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

A historinha das vacinas - mais detalhes

Mais detalhes da história da fraude médica sobre as vacinas na Inglaterra estão na coluna de Luís Fernando Correia na CBN (ver post anterior).
CBN - A rádio que toca notícia - Luis Fernando Correia

Revista médica denuncia fraude de cientista que condenou vacinas

Ouvi no rádio esta notícia mostrando até onde pode chegar o preconceito em relação às vacinas que salvam tanta gente. Mas vi que a jornalista Marinilda Carvalho publicou matéria bem completa sobre o assunto. Falta dizer que pesam outras acusações sobre o médico que tentava justificar "cientificamente" o preconceito, entre elas a de que fazia "experiências" tendo crianças como cobaias.Veja em
marinildadas cansadão: Autismo é o cacete! Abaixo a beatice!!!#links#links

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Até tu, ministro?

Bela matéria do jornalista Evandro Éboli no Globo de 31/1, contando a pressão que fazendeiros e até o ministro da Agricultura estão fazendo sobre a Agência Nacional de Vigilância Sanitária para liberar a venda e uso de agrotóxicos condenados em outros países. São substâncias comprovadamente capazes de provocar toda sorte de doenças nos consumidores de legumes, frutas e verduras, (sem contar os efeitos no gado e nos que trabalham diretamente com tais produtos tóxicos) a exemplo de câncer, cirrose e demência.. No mesmo dia a manchete de primeira página do jornal gritava : “Maior crime ambiental do Rio acaba sem punição”. Dez anos depois do derramamento de 1,3 milhão de litros de óleo na Baía de Guanabara, a Justiça absolveu os supostos responsáveis, da Petrobras. Em outras palavras, não há responsáveis. Se ligarmos as duas notícias, resulta que o tema comum a ambas é a questão da responsabilidade social e ambiental do empresariado e as grandes dificuldades para qualquer avanço nessa área.

(A imagem é da página saojoaquimonline).

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Ministério explica critérios para hanseníase

Semana passada tentamos uma explicação sobre a mudança dos critérios brasileiros para avaliar a situação da hanseníase no país (post de 27/1). Por ocasião do Dia Mundial de Combate à Hanseníase (31/1), o Ministério da Saúde publicou matéria sobre o assunto, dizendo que "na última sessão do Conselho Executivo da Organização Mundial da Saúde (OMS), entre 19 e 23 de janeiro, em Genebra, na Suíça, ficou acertada a realização de uma reunião com especialistas de todo mundo, a ser organizada pela OMS ainda no ano de 2010, para rever os critérios de controle da doença recomendados por essa Organização. Alguns dos temas centrais desta reunião serão a revisão da meta de eliminação e a utilização de indicadores que permitem monitorar o comportamento da endemia de uma forma muito mais sensível e precisa".

A notícia inteira está em http://portal.saude.gov.br/, na seção de notícias, sob o título "Brasil reduz em 30% os casos de hanseníase".  

domingo, 31 de janeiro de 2010

A melhor crítica ao BBB

A melhor crítica que já vi ao BBB, do cordelista e educador Antonio Barreto.

A Voz do Cordel: BIG BROTHER BRASIL, UM PROGRAMA IMBECIL

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Um outro Davos - a resistência

Com o mote “Nas resistências se esboça um outro mundo”, começa hoje e vai até amanhã o seminário “Um outro Davos”, que acontece na Universidade da Basiléia, Suíça, e pretende ser um contraponto ao encontro do Fórum Econômico Mundial. Da mesma forma que o Fórum Social Mundial, realizado agora no Brasil, discute-se e questiona-se nas palestras e oficinas sobre tudo que diga respeito ao sistema capitalista. No campo da Saúde no seu conceito amplo, destacam-se pelo menos duas intervenções: a de Franco Cavalli, integrante da executiva da União Internacional contra o Câncer, com o tema “A mundialização capitalista contra um bem comum: o direito à saúde para todos e todas”; e a apresentação do brasileiro Ricardo Antunes, professor da Unicamp, colaborador do MST, sobre “A lógica destrutiva do capitalismo no Brasil : o modelo agro-exportador, a fome e a exploração.”

Mais detalhes sobre “Um outro Davos” na página http://www.otherdavos.net (em inglês, francês ou italiano).

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Hanseníase: o que mudou na política

Gajó estranhou a declaração a O Globo (24/1/2010), da coordenadora do Programa Nacional de Controle da Hanseníase, Maria Aparecida Grossi, de que o Ministério da Saúde não pretende utilizar a meta da Organização Mundial da Saúde (OMS) de eliminar a hanseníase (lepra) no Brasil, o que na prática significa atingir o objetivo de apenas um caso por 10 mil habitantes. Segundo a matéria assinada por Carolina Benevides, “o país não prega mais a eliminação da doença, e sim o seu controle”.

Fizemos uma consulta ao Ministério da Saúde para saber o que mudou, pois, pelo menos até 2006, a proposta era atingir a meta fixada pela OMS. A resposta ainda não veio, mas uma olhada nos documentos do próprio Ministério sobre o assunto permite tirar algo próximo a uma explicação.

Acontece que a tentativa de enquadrar as estatísticas brasileiras à meta da OMS trouxe distorções nos números levantados pelo Ministério e que servem como indicadores para definir estratégias de combate à doença (que apresenta altas taxas principalmente nas regiões da Amazônia Legal) e estabelecer o necessário fornecimento de medicamentos gratuitos. Este teria sido um dos principais motivos para que em 2007 o Ministério tenha decidido mudar o foco do registro de\ casos de hanseníase; no último relatório de gestão do programa dedicado à doença, publicado pelo MS, é oficialmente adotada a diretriz de “mudar o foco de trabalho, adotando como perspectiva o controle da hanseníase e não a sua eliminação”. Mas os indicadores de prevalência (número total de casos novos e antigos numa determinada população) continuam valendo para comparação internacional, sem comprometer indicadores considerados mais precisos pelo Ministério para o combate à doença.

Não custa lembrar que hanseníase é reconhecida mundialmente como uma doença ligada à pobreza e más condições de higiene, entre outros fatores.

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

De olho no PNDH


O Plano Nacional de Direitos Humanos (PNDH), lançado recentemente pelo governo, se apresenta confuso e fragmentado na mídia. Problema da imprensa e da comunicação do governo? Por exemplo, fica na sombra o fato de que o PNDH representa o cumprimento de uma diretriz fixada há muito tempo pela Organização das Nações Unidas (ONU).
O plano faz referência aos chamados “Princípios de Paris”, contidos em Resolução de 3.3.92 da Comissão de Direitos Humanos da ONU (ver em www.dhnet.org.br). A Resolução reforça a necessidade de criar instituições, propostas e ações destinadas a promover os direitos humanos em todos os campos da atividade social.
No campo da Saúde, o PNDH propõe realizar nada menos do que 25 ações para “ampliar o acesso universal a um sistema de saúde de qualidade”. A primeira delas: “Expandir e consolidar programas de serviços básicos de saúde e de atendimento domiciliar para a população de baixa renda, com enfoque na prevenção e diagnóstico prévio de doenças e deficiências, com apoio diferenciado às pessoas idosas, indígenas, negros e comunidades quilombolas, pessoas com deficiência, pessoas em situação de rua, lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais, crianças e adolescentes, mulheres, pescadores artesanais e população de baixa renda.
Responsáveis: Ministério da Saúde; Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República; Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres da Presidência da República; Ministério da Pesca e Aqüicultura.”

Parece muito amplo para ser verdade. Mas representa uma mudança de linguagem, de foco e um compromisso a ser cumprido. O que não acontece sem luta. Fiquemos de olho.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

A imprensa cubana em debate

O jornal eletrônico Carta Maior publica um artigo sobre o crescente debate na imprensa cubana questionando o controle dos meios de comunicação naquele país e a censura exercida pelos "inomináveis". Aqui, a apresentação da própria Carta Maior. A íntegra do artigo pode ser lida em http://www.cartamaior.com.br

"A mobilização atual da sociedade cubana é um esforço declarado, pelo menos de parte da intelectualidade e de dirigentes políticos, pelo aprofundamento da democracia e do socialismo no país, em favor de uma maior participação popular nas decisões. Esse clima se reflete também na imprensa, acusada nos debates populares de omitir assuntos considerados inconvenientes e de não retratar adequadamente a realidade do país. Mas, se é verdade que a mídia cubana deixa a desejar na cobertura das grandes questões nacionais, é igualmente verdade que ela tem sido sensível às críticas da sociedade. A análise é de Hideyo Saito."

domingo, 17 de janeiro de 2010

Davos: sombrias previsões para a saúde


Gajó deu uma voada pelos preparativos do Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, e viu o relatório de Risco Global 2010 que será apresentado aos participantes no final de janeiro. As previsões do relatório quanto à questão da saúde são sombrias, incluindo o Brasil. Os Brics, (Brasil, Rússia, Índia e China) perdem mais de 20 milhões de anos produtivos (um indicador do impacto de doenças sobre os trabalhadores), anualmente, devido a doenças crônicas ligadas a má alimentação, alcoolismo, tabagismo, doenças cardiovasculares e obesidade, entre outras. O documento indica que essas perdas deverão aumentar.
O relatório cobra uma atuação mais enérgica neste sentido não só dos governos, mas principalmente das empresas privadas, incluindo aquelas que assumiram o chamado “Compromisso Chan”. Este é resultado de um acordo entre oito grande grupos empresariais produtores de alimentos e outros artigos ligados diretamente à saúde das pessoas: General Mills, Inc. Kellogg Company , Kraft Foods , Mars Incorporated, Nestlé S.A., PepsiCo, Coca-Cola e Unilever.
No documento firmado por seus altos executivos, estas empresas se comprometem, em resumo, a mudar as fórmulas dos seus produtos para torná-los mais saudáveis; ampliar e detalhar as informações para os consumidores sobre questões de nutrição; rever e limitar a propaganda dos produtos destinados às crianças; estimular a atividade física dos consumidores; desenvolver e ampliar parcerias com a Organização Mundial da Saúde e outras entidades para cumprir esses objetivos.
Vamos ver se vai ser cobrado. E o que vai ser cumprido.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Arte e saúde: desafios do olhar


Uma abordagem original e bem bolada de questões ligadas à saúde é o livro “Arte e saúde: desafios do olhar”, publicado pela Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV- Fiocruz). A edição do livro baseou-se no projeto Arte e Saúde, desenvolvido pelos alunos da Escola, buscando articular um diálogo entre os dois campos, a partir da análise de filmes, peças teatrais e outros produtos audiovisuais ligados a temas da Saúde.

Por exemplo, o trabalho de Ana Lucia Almeida Sotto Mayor que ensaia uma comparação entre o livro “O Alienista”, de Machado de Assis e o filme “Um Azyllo muito Louco”, de Nelson Pereira dos Santos; ou “A História da Tuberculose contada em Floradas na Serra”, de Dilene Raimundo do Nascimento, que parte do filme de 1954 estrelado por Cacilda Becker, Jardel Filho e Ilka Soares; ou ainda o trabalho de Maria Cristina Miranda sobre o filme “O Homem-Elefante”.

Contatos da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio:
http://www.epsjv.fiocruz.br

Coordenação de comunicação, divulgação e eventos: 21 38659737

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Congresso de saúde esquenta debate sobre o SUS


Prestem atenção nesse fenômeno de mídia que é a revista Radis, editada por um grupo de bambas jornalistas ligados à Fiocruz , com uma tiragem mensal de 65 mil exemplares, dedicada à comunicação em Saúde. A edição de janeiro traz excelente cobertura do 9º Congresso de Saúde Coletiva, em Olinda, Pernambuco, que reuniu 7 mil pessoas, com mais de 10 mil trabalhos inscritos. O congresso, promovido pela Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), só foi assunto da “grande” imprensa quando o presidente Lula esteve presente. Fora isso, silêncio, apesar da importância dos temas em pauta e do agito cultural que dominou o encontro, como não poderia deixar de ser em se tratando de anfitriões nordestinos.

Por exemplo, a revista cobriu o debate sobre “O público e o privado na gestão do SUS”, que superlotou o auditório do congresso com a palestra do jornalista-sanitarista Mário Scheffer. Ele alertou para os riscos de “naufrágio do Sistema Único de Saúde”. Para o jornalista, a sociedade está sob pressão de uma crescente presença de grupos privados na Saúde, e comprova: somente um quarto da população brasileira é coberta por planos e seguros de saúde; mas 60% dos hospitais são privados, bem como 90% das unidades de diagnóstico e terapia. Citando a reforma da saúde proposta pelo presidente Obama nos EUA, Scheffer afirma: “a reforma faz uma pergunta até singela: onde está a eficácia do privado quando ele gera instituições (no caso, as seguradoras) que se preocupam mais com os lucros do que com o bem-estar da clientela?”. E mais: Há uma nova onda – e não marolinha - de crise de identidade do SUS, com a expansão das fundações, OSs, instituições privadas travestidas de filantrópicas, planos privados voltados para as classes Ce D. “A velocidade da privatização à revelia do debate democrático tem inquietado os defensores do SUS”,diz.

Veja a revista Radis em www.ensp.fiocruz.br / radis.

Endereço eletrônico: radis@ensp.fiocruz.br

domingo, 10 de janeiro de 2010

O maior grupo de mídia do mundo se desfaz


Há nove anos, precisamente em 10 de janeiro de 2001, a AOL, a velha America On Line, anunciava a sua fusão com a poderosa Time Warner, formando "o maior grupo de mídia do mundo". Mostrando que a crise financeira nos Estados Unidos não poupou ninguém, no mês passado a Time Warner anunciou o movimento oposto, separando-se da AOL e, nas palavras de um repórter da AP, "fechou o livro sobre um dos mais desastrosos acordos de negócios da história".

Tudo indica que a separação fez bem à saúde da Time Warner e da AOL. Esta é atualmente bem diferente da velha America on Line. Ao contrário do que se esperava com a fusão, os serviços de banda larga da Time Warner sufocaram as fontes de negócios da AOL, tornando inviável a atuação do grupo.

Mas para o mercado de trabalho e os jornalistas nos EUA a notícia não é boa. Além de cortar milhares de empregos, a AOL pretende alimentar seus espaços na web com material barato de free-lancers - jornalistas autônomos pagos por matéria, que no Brasil apelidamos de frilas. Mais um avanço da chamada precarização do trabalho.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Conheça a VideoSaúde





Gajó recomenda: quem quiser conhecer o trabalho da VídeoSaúde, Distribuidora da Fiocruz, que entre nos sites http://www.icict.fiocruz.br/ e http://neidedinizapresentavideosaude.blogspot.com/ .
A VideoSaúde dispõe de um acervo de mais de 4 mil vídeos sobre saúde no seu conceito amplo, não apenas como ausência de doenças, mas abrangendo todos os fatores que, combinados, servem de referência para medir a qualidade de vida das pessoas e coletividades. Parte deste acervo é apresentada no programa VideoSaúde, transmitido semanalmente pela UTV, canal 11 da Net.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

ABI, um foro para a imprensa

O debate sobre a regulamentação dos meios de comunicação, especialmente no campo da ética, parece engessado em duas ou três posições. Ficamos entre a proposta de criação de um “conselho federal de jornalismo” - mais um organismo corporativo fechado; uma nova Lei de Imprensa – depois que a outra foi devidamente derrubada; e mais algumas variantes que incluem o controle do Estado sobre a mídia ou a ausência total de qualquer limite para a atuação das empresas de comunicação. A sociedade não é convidada a se pronunciar em nenhuma dessas opções. Mas tudo indica que é perfeitamente possível criar os instrumentos necessários ao controle social dos meios de comunicação sem necessidade de intervenção estatal ou de corporações fechadas. Este é, pelo menos, o objetivo de uma proposta que apresentei há tempos à Associação Brasileira de Imprensa – que seria por excelência a entidade capaz de articular na prática os diversos interesses envolvidos em qualquer polêmica sobre os limites éticos desta ou daquela notícia veiculada pelos jornais, rádios e tvs, inclusive as publicações on line; a ABI poderia ser a interlocutora e mediadora ideal para reunir as partes em conflito, analisar conteúdos com a participação de pessoas de diversas áreas de atividade e oferecer soluções para reparar, em termos jornalísticos (indenizações monetárias ficam com a Justiça), eventuais danos provocados pelo material publicado. A proposta foi elaborada há anos e encaminhada à ABI e ao seu presidente, Maurício Azedo, além de representantes do Sindicato dos Jornalistas do Rio de Janeiro. É um tanto longa e decidi retirá-la do blog, deixando este resumo a quem interessar possa. 

domingo, 3 de janeiro de 2010

Comunicação e Saúde do Trabalhador


BOA LEITURA


Vale a pena conhecer o livro de Adriana Kelly dos Santos, doutora em Saúde Pública pela Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (Ensp - Fiocruz), com o título de “Comunicação e Saúde do Trabalhador”. É uma pesquisa que deu origem à sua dissertação de mestrado e mostra como funcionam, ou não, os esquemas dominantes de comunicação com os trabalhadores e com a população em geral no que diz respeito à saúde. Por exemplo, ela conclui da sua pesquisa que “as práticas de comunicação e educação em saúde não fazem parte das prioridades dos programas (de saúde do trabalhador) e ocorrem de maneira restrita, pontual e pulverizada.” E mais: “O pólo emissor (das comunicações em saúde), não se preocupa em direcionar a oferta de mensagens a públicos específicos (...)". “Os trabalhadores são tratados como se vivessem sob as mesmas condições sociais e culturais”, o que “desperta pouco interessse dos receptores” (os trabalhadores). O livro é da editora Juruá - http://www.editorialjurua.com/.
Diante do que aconteceu em Angra no Ano Novo, só cabe o silêncio. E a esperança de que se cumpram as promessas de apertar o controle e a fiscalização das encostas e da construção de prédios ou casas. Talvez, quem sabe, esteja fazendo falta também um hospital de emergência na Ilha Grande, cuja ausência motivou pelo menos uma família a desistir de passar o réveillon na região. Segundo pessoas que conhecem muito bem a área, só existem dois postos de saúde, um deles municipal, recentemente reformado e em muito boas condições, no Abraão. Se pensarmos que a população da região de Angra, parte dela na ilha, quase dobrou em 16 anos (IBGE), talvez seja o caso.