É possível que em 1956, quando foi inaugurada a escola nos Estados Unidos onde um maluco (?) massacrou 26 pessoas, além da própria mãe na casa dele, já não existissem mais anúncios de propaganda de armas como o que vemos abaixo: um bebê brincando com um provável calibre 38, por que "papai disse que não vamos nos machucar". Mas é certo que esta propaganda insana e tantas outras alimentaram desde o berço a obsessão nacional dos americanos pelas armas de todo qualquer calibre. No Brasil, até agora não conseguimos uma condenação social e pública do comércio de armas, que parece mais poderoso do que a indústria de automóveis.
segunda-feira, 24 de dezembro de 2012
sábado, 1 de dezembro de 2012
"Feroz e covarde"
Se os jornalões brasileiros aplicassem a si mesmos
o rigor moralista com que perseguem os ditos mensaleiros e patrulham os votos
de ministros do Supremo Tribunal Federal, dificilmente continuariam existindo.
Falta a seus proprietários e empregados de confiança a decência de reconhecer
que,como em qualquer empresa, o que os sacrossantos donos de meios de comunicação
perseguem não é o saneamento profundo do sistema eleitoral ( e do sistema
financeiro que os sustenta), mas sobretudo o lucro e a manutenção do poder de
enrolar o povo. O jornalista Mino Carta, da revista "Carta Capital",
escreve as palavras certas, quando se refere ao modelito dominante nos
jornalões impressos e audiovisuais: "Difícil, senão impossível, achar
mundo afora figurinos parecidos com o verde-amarelo. Onde encontrar uma
imprensa de pensamento único, alinhada ao mesmo lado sempre que entende o
privilégio ameaçado? País singular, o Brasil, submetido aos talantes e aos
caprichos de uma sociedade feroz e covarde, sorrateira e jactanciosa".
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