Se os jornalões brasileiros aplicassem a si mesmos
o rigor moralista com que perseguem os ditos mensaleiros e patrulham os votos
de ministros do Supremo Tribunal Federal, dificilmente continuariam existindo.
Falta a seus proprietários e empregados de confiança a decência de reconhecer
que,como em qualquer empresa, o que os sacrossantos donos de meios de comunicação
perseguem não é o saneamento profundo do sistema eleitoral ( e do sistema
financeiro que os sustenta), mas sobretudo o lucro e a manutenção do poder de
enrolar o povo. O jornalista Mino Carta, da revista "Carta Capital",
escreve as palavras certas, quando se refere ao modelito dominante nos
jornalões impressos e audiovisuais: "Difícil, senão impossível, achar
mundo afora figurinos parecidos com o verde-amarelo. Onde encontrar uma
imprensa de pensamento único, alinhada ao mesmo lado sempre que entende o
privilégio ameaçado? País singular, o Brasil, submetido aos talantes e aos
caprichos de uma sociedade feroz e covarde, sorrateira e jactanciosa".
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário