sábado, 1 de dezembro de 2012

"Feroz e covarde"


Se os jornalões brasileiros aplicassem a si mesmos o rigor moralista com que perseguem os ditos mensaleiros e patrulham os votos de ministros do Supremo Tribunal Federal, dificilmente continuariam existindo. Falta a seus proprietários e empregados de confiança a decência de reconhecer que,como em qualquer empresa, o que os sacrossantos donos de meios de comunicação perseguem não é o saneamento profundo do sistema eleitoral ( e do sistema financeiro que os sustenta), mas sobretudo o lucro e a manutenção do poder de enrolar o povo. O jornalista Mino Carta, da revista "Carta Capital", escreve as palavras certas, quando se refere ao modelito dominante nos jornalões impressos e audiovisuais: "Difícil, senão impossível, achar mundo afora figurinos parecidos com o verde-amarelo. Onde encontrar uma imprensa de pensamento único, alinhada ao mesmo lado sempre que entende o privilégio ameaçado? País singular, o Brasil, submetido aos talantes e aos caprichos de uma sociedade feroz e covarde, sorrateira e jactanciosa".

Nenhum comentário:

Postar um comentário