segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

ABI, um foro para a imprensa

O debate sobre a regulamentação dos meios de comunicação, especialmente no campo da ética, parece engessado em duas ou três posições. Ficamos entre a proposta de criação de um “conselho federal de jornalismo” - mais um organismo corporativo fechado; uma nova Lei de Imprensa – depois que a outra foi devidamente derrubada; e mais algumas variantes que incluem o controle do Estado sobre a mídia ou a ausência total de qualquer limite para a atuação das empresas de comunicação. A sociedade não é convidada a se pronunciar em nenhuma dessas opções. Mas tudo indica que é perfeitamente possível criar os instrumentos necessários ao controle social dos meios de comunicação sem necessidade de intervenção estatal ou de corporações fechadas. Este é, pelo menos, o objetivo de uma proposta que apresentei há tempos à Associação Brasileira de Imprensa – que seria por excelência a entidade capaz de articular na prática os diversos interesses envolvidos em qualquer polêmica sobre os limites éticos desta ou daquela notícia veiculada pelos jornais, rádios e tvs, inclusive as publicações on line; a ABI poderia ser a interlocutora e mediadora ideal para reunir as partes em conflito, analisar conteúdos com a participação de pessoas de diversas áreas de atividade e oferecer soluções para reparar, em termos jornalísticos (indenizações monetárias ficam com a Justiça), eventuais danos provocados pelo material publicado. A proposta foi elaborada há anos e encaminhada à ABI e ao seu presidente, Maurício Azedo, além de representantes do Sindicato dos Jornalistas do Rio de Janeiro. É um tanto longa e decidi retirá-la do blog, deixando este resumo a quem interessar possa. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário