quarta-feira, 23 de junho de 2010

Dois pitacos sobre a imprensa, Dunga, coisa e tal

Pitaco 1: Mais uma prova de que sentença judicial (ou censura judicial) não ajuda a melhorar a imprensa: ficou ridícula a publicação no Globo da sentença contra o jornalista Luiz Garcia, condenando-o a pagamento de indenização por ter criticado um certo juiz (questionar juízes é perigoso no Brasil do século 21) e à publicação da decisão pelo jornal. A sentença começa na página de opinião e segue por quase toda uma página adiante. Quem lê aquilo? Certamente só os interessados e juristas, advogados, coisa e tal. Uma maçaroca que só serve para chatear os leitores, ainda mais porque tudo indica tratar-se de matéria de anos atrás. Supondo-se que o juiz esteja certo, caberia uma reparação em linguagem jornalística, explicando os antecedentes e a conclusão do caso. É por isso que mantenho a proposta de criação de um organismo civil para mediar casos semelhantes (em se tratando de juízes, mais ainda, para contornar o corporativismo), da forma como expus em posts anteriores neste blog (4/1 e 31/5/2010). Mas a "grande" imprensa parece não gostar da idéia. Aliás, não gosta de idéia nenhuma que a tire do Olimpo em que lhe agrada viver.

Pitaco 2 - Cacá parece ter virado o avatar do Dunga em matéria de entrevistas à imprensa. Provocação de jornalista se responde com informação e serenidade. Senão, o que vira notícia é o destempero, a forma raivosa como essas figuras reagem à pressão da mídia. Questionar é obrigação profissional dos repórteres. Não é "assunto pessoal". Nem religioso.  

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